Fonte: Arcoweb
Museu de História de Ningbo, China

Fendas nos espaços internos e terraços externos oferecem vistas da cidade, dos campos de arroz e do relevo do entorno
Brutalismo à chinesa faz ode à paisagem
Em um distrito da cidade de Ningbo, na China, funciona desde 2010 um museu de história cujo projeto combina elementos vernaculares, materiais locais e referências brutalistas que fazem uma ode às tradições, à paisagem e às montanhas da região. O projeto dos arquitetos Wang Shu e Lu Wenyu, do Amateur Architecture Studio, mescla elementos regionais e contemporâneos.
O Museu de História de Ningbo, cidade localizada na costa leste da China, é o centro do projeto de urbanização que deu origem ao distrito de Yinzhou, principal eixo de crescimento dessa metrópole portuária cuja população supera os 2 milhões de habitantes. Rodeada por montanhas, a imensa planície reunia originalmente plantações de arroz, e mais de uma centena de vilarejos milenares tiveram de ser demolidos para dar lugar ao bairro.
Da tradição arquitetônica dessas comunidades nasceu a inspiração do projeto proposto pelos arquitetos do escritório Amateur Architecture Studio para o museu, que foi objeto de um concurso internacional realizado em 2003.

A grandiosidade do edifício supera o vernacular e remete ao brutalismo

A inspiração para o projeto do Museu de História de Ningbo veio das montanhas que circundam a cidade
“Nosso maior desafio foi desenhar um volume inteiramente isolado, por isso criamos um edifício que faz alusão às montanhas”, afirma o arquiteto Wang Shu, sócio do escritório. De acordo com ele, a proposta segue a cultura arquitetônica da China - onde as referências a elementos da natureza devem estar sempre presentes nas construções -, e uma volumetria que se assemelha ao relevo recortado dessa região do país.
A grandiosidade do edifício, porém, supera o vernacular e remete à arquitetura brutalista, com proporções que em um primeiro momento causam estranhamento, mas procuram tirar proveito das regras estabelecidas pelo plano diretor desse distrito de Ningbo, no qual se determina distância mínima de cem metros entre cada edificação e altura máxima de 24 metros para elas.
Para salientar o caráter histórico do museu, o projeto também estabelece o uso de materiais locais. É o caso das telhas da cobertura e dos tijolos da fachada, obtidos a partir de casas demolidas nas antigas vilas rurais de Ningbo.
Além disso, boa parte do revestimento interno é depedras da região e de placas feitas a partir dobambu, planta que predomina na vegetação de todo o leste da China.
A proposta do Amateur Architecture Studio, porém, integra elementos contemporâneos ao conjunto: enquanto a alvenaria interna é de blocos de concreto, a estrutura do edifício combina aço e concreto armado.

Cursos d’água complementam o caráter e a distribuição dos espaços no volume da ala norte

Em respeito à legislação local, o museu tem altura máxima de 24 metros e mantém distância mínima de cem metros das construções lindeiras
“Do interior ao exterior, o volume é feito de aço, concreto e bambu, e mais de 20 tipos de tijolos e telhas reciclados. Graças a essa combinação, a base do edifício, configurada como uma simples caixa, explode em forma de montanhas”, acrescenta Wang Shu.
O acesso dos visitantes ao museu é feito a partir de um hall oval com mais de 30 metros de extensão, de onde partem três recortes verticais que abrigam as escadas, uma externa e duas internas, pelas quais os usuários seguem para os demais setores.
Tanto nas fendas que resultam da volumetria voltada para a área externa, quanto nas demais entradas e no lobby, salões secundários e pátios complementam a circulação do conjunto e conduzem aos espaços expositivos, às áreas administrativas e aos ambientes de apoio.
“Como na topografia montanhosa, há umasobreposição de caminhos, que começam no nível do solo e seguem por um labirinto de amplos corredores e saguões. Para nós, esse layout é particularmente flexível porque consegue acomodar exposições em constante transformação”, explica o arquiteto.
No volume voltado para o norte, cursos d’águacomplementam a distribuição dos ambientes. Eles repousam sobre jardins forrados de junco, partindo de uma pequena barragem localizada no centro do edifício e terminando em um generoso pátio de paralelepípedos. Nessa área, as fachadas são marcadas por fendas, de onde os visitantes podem avistar a cidade, os campo de arroz que ainda restam e as montanhas a distância.
“Entre o natural e o artificial, a estrutura procura serprovocadora e austera, e expressa somente um elemento: as montanhas”, conclui Wang Shu.
Texto de Fabio de Paula
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 378 Agosto de 2011
Publicada originalmente em PROJETODESIGN
Edição 378 Agosto de 2011
Wang Shu fundou em 1997 o Amateur Architecture Studio, na cidade de Hangzhou. Professor e diretor da Faculdade de Arquitetura da Academia de Artes da China, onde fez sua graduação e cujo campus projetou, é autor do Museu de Arte Contemporânea de Ningbo e do Pavilhão Tengtou para a Expo Xangai 2010. Lu Wenyu é sócia do escritório desde sua fundação
Com 30 metros de extensão, o saguão principal do térreo conecta-se a três recortes verticais, onde estão as escadas

Da demolição de antigas casas rurais vieram as telhas e tijolos que revestem a fachada do museu

Aflalo & Gasperini Arquitetos S/C. Ltda, é sucessora de Croce, Aflalo & Gasperini/Arquitetos Ltda., fundada em 1962, pelos Arquitetos Plinio Croce, Roberto Aflalo e Gian Carlo Gasperini. Um de seus sócios titulares Roberto Claudio dos Santos Aflalo Filho, formado em 1976 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, com mestrado em arquitetura pela Universidade de Harvard, EUA, Professor Adjunto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UNIP. A Atuação do escritório se estende por todo o território nacional, principalmente no Estado de São Paulo, tendo também participado de projetos no exterior.
SuaAtividade são projetos de Arquitetura e Urbanismo, abrangendo o setor comercial e de serviços, o setor residencial multifamiliar e unifamiliar, o setor hoteleiro, o setor público e social, o setor recreacional e também o setor industrial. A Natureza destas atividades vai desde a Pesquisa e Análise de Restrições, Programação, Pré-Dimensionamento e Planejamento Físico, ao Projeto Arquitetônico Completo, o Projeto de Reforma, o Projeto de Arquitetura de Interiores, Planos Urbanísticos e de Paisagismo, a Coordenação de Projetos Complementares, Fiscalização e Acompanhamento da Obra e Desenhos de Apresentação. No campo Urbanístico e Viário, sua atuação abrange a Coordenação dos Estudos Multidisciplinares do Planejamento, o Planejamento físico de áreas que, por seu porte ou suas condições especiais, demandem elaboração de Planos Diretores a nível urbano e a nível regional, os Planos de Ocupação e Uso do Solo, os Estudos de Sistema Viário, os Projetos de Renovação Urbana, a elaboração de subsídios para legislação e o Projeto.

“A arquitetura e a atitude criativa e estética em função do homem usando a tecnologia e respeitando o meio ambiente”Edo Rocha
A Arquitetura e uma arte aplicada que deve satisfazer as necessidades humanas e não o ego do arquiteto.
Formado por quatro torres localizadas em São Paulo na Av. das Nações Unidas, em frente aos Shoppings Morumbi e Market Place, o projeto harmoniza a modernidade das instalações com 17.000m2 de área verde, que favorece a circulação dos pedestres, entre árvores de diferentes portes por todo o terreno.
No Eldorado, a introdução de novas tecnologias possibilitou uma expressiva redução no consumo de insumos como água e energia, tanto durante a obra como depois de sua conclusão, na sua operação. Dentre as soluções adotadas no Eldorado estão o armazenamento de água de condensação proveniente de condicionadores de ar e captação a água de percolação; a instalação de bacias com válvulas dual flush, com duplo acionamento, que permite ao usuário controlar a vazão de água; sistema de ar-condicionado setorizado; e tecnologia frenagem degenerativa, pioneira no Brasil, que transfere a energia dissipada na descida de um elevador para outro que está subindo.



O Planeta Sustentável é um movimento lançado pela Editora Abril em 19 de abril de 2007. Trata-se de um projeto decomunicação multiplataforma, que tem por objetivo a disseminação do conhecimento sobre os temas relacionados a sustentabilidade ambiental, social, econômica e cultural.

A preocupação em adotar medidas que promovam a preservação dos recursos naturais está na ordem do dia para a sociedade que cada vez mais se conscientiza. Em Guarulhos não é diferente. Pensando em contribuir e incentivar ações sustentáveis a vereadora Luiza Cordeiro (PCdoB – Guarulhos), presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente e Qualidade de Vida, protocolou em 22 de outubro de 2009 na Câmara Municipal o Projeto de Lei 398/09, autorizando o Poder Executivo a instituir o IPTU Verde em Guarulhos.
Como parte do esforço do Governo Federal para preparar o país para a Copa do Mundo de 2014, o BNDES criou dois novos programas para fomentar a realização de investimentos sustentáveis, tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico. O Banco vai financiar a construção e reforma de arenas esportivas que serão usadas no torneio e também ampliará o apoio ao setor hoteleiro, para aumentar a capacidade e a qualidade da hospedagem oferecida aos turistas do Brasil e do exterior que devem assistir à competição.
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