quinta-feira, 11 de março de 2010

Valorizar o que é nosso!

Justiça seja feita!!

Quem, no Tocantins, valoriza a própria cultura?

Eu estive observando que em todos as áreas existem essas defasagem e não há governo que mude isso, pois é algo que está no sangue do ser humano, é de cultura própria, irracional. Mas imagine só a mistureba que é isso aqui!! Tem nordestino, centroestino, sulestino, nortino... afff!!!

A miscelânea de tantas culturas diferentes, acaba acarretando num grande problema que ninguém vê: a ausência de uma cultura definida em nosso estado. Tudo é um pouco de outras regiões do país, mas aí é querer demais, diga-se de passagem: um estado novinho, com cheirinho de leite... demora mesmo pra entenderem porque estão aqui e no que podem contribuir pra engrandecer ou mesmo criar uma própria cultura.

Exemplos disso são as pessoas que fazem cara feia quando ouvem no rádio as músicas compostas e interpretadas por nossos artistas regionais, quando, num súbito, trocam de estação ou mesmo desligam o rádio; Ninguém compra cd ou se interessa em baixar músicas da net, mesmo sendo de "graça"; Ninguém compra livros de autores tocantinenses.... E olha que temos ótimos escritores, com obras magníficas!
Artesanato em capim dourado - Foto: Tharson Lopes

A única salvação nossa no quesito identidade do estado é o artesanato,
especificamente em capim dourado, que, aliás, é outro: 98% (faço cálculo) do nosso artesanto são os turistas que compram, quando não são atravessadores explorando os pobres artesãos pra ganhar, no mínimo, 100% sobre o valor no qual adquiriram a mercadoria... Terrível, né?? A isso se dá o nome de REALIDADE! Cada um tem seus motivos (pra ganhar dindim) e os que sofrem ali pra tornar produto a matéria-prima, muitas vezes, ficam em baixo plano, a não ser, claro, pela importância imensa que tem de dedicar grande parte do seu tempo a gastar seus dedinhos preciosos, sem esquecer de lembrar que com o tempo pode ocasionar em probleminhas bobos do tipo... uma L.E.R. (lesão por esforço repetitivo), um probleminha de circulação, desvio de coluna... coisas do tipo. Eles vivem disso, é o modo de subsistência que encanta, através dessa dádiva que Deus (o capim dourado) presenteou essa gente sofrida de um lugar maravilhoso chamado Tocantins!

Valorizemos a CULTURA!

Agora, fazer uma propagandinha aqui não faz mal....

Quem sabe alguém não se interessa???

Beijosss!!!



Foto: Emerson Silva
Livros:
Gilson Cavalcante - O Bordado na Urtiga
Poesias

JJ Leandro - A Morte no Bordado
Conta uma história (fictícia) de um casal recém-chegado numa cidade ribeirinha do interior do Pará, onde o esposo monta uma loja para vender tecidos e enquanto, juntamente com sua criada, sua esposa cuida do lar, além de fazer bordados na maior parte do tempo. História que não fica longe da realidade, de quando as mulheres casavam com seus maridos sem existir amor, aquela velha história... Tudo começa a mudar quando, numa belo dia, duas mulheres o procuram para vender tecidos para confeccionar a mortalha da mãe de uma delas, que jazia na miserável e badalada casa em que viviam. Com pouco dinheiro no momento, mas necessitando do produto, o dono do comércio aceitou ir em um momento mais tarde receber das senhoritas o que restava pagar pelo tecido. A história toma outros rumos a partir daí e tem um final trágico.
O resto você só vai descobrir.........

....... lendo!!
Este Livro é uma das publicações da Bolsa Maximiano da Mata Teixeira, reativada pela Fundação Cultural do Tocantins em 2008, que contempla nossos autores com a publicação e divulgação de suas obras (e eu, fazendo minha parte) sendo que estes dois livros aqui, O Bordado na Urtiga na categoria poesias e A morte no Bordado - ficção, foram os contemplados nessa reativação.
Vale a pena


Foto: Emerson Silva
Foto: Emerson Silva
Ainda não li A NOVA HISTÓRIA DO TOCANTINS, mas prometo postar algo a respeito em breve!